Conselhos

Reunimos informação para que possa esclarecer algumas dúvidas autonomamente, assim como conselhos de higiene e saúde orais para a manutenção da saúde do seu sorriso.

Conselhos para uma boa higiene oral:

  • Escove os seus dentes 2 a 3 vezes por dia, durante pelo menos 2 minutos.
  • Limpe também os espaços entre os dentes com fita ou fio dentário e/ou escovilhões, de acordo com as técnicas adequadas (se possível, pelo menos antes de deitar). Assim, vai remover a placa bacteriana que se aloja entre os dentes.
  • Escolha uma escova de dentes adequada e não se esqueça de a substituir de 3 em 3 meses (no máximo).Faça uma alimentação saudável e equilibrada, evitando consumir doces entre as refeições e, se o fizer, escove os dentes logo de seguida.
  • Forneça regularmente flúor aos seus dentes através da utilização de um dentífrico com flúor adequado à idade.
  • A sua higiene oral diária pode ser complementada se bochechar com um colutório com flúor (seguindo as recomendações do Médico Dentista).
  • Não fume e evite a ingestão de bebidas alcoólicas.
  • Consulte o seu Médico Dentista regularmente (de 6 em 6 meses).
  • A escovagem em crianças deve ser sempre supervisionada pelos responsáveis, adequando a escova e dentífricos.
  • O seu Médico Dentista pode ensinar-lhe a melhor técnica de escovagem para si.
  • Se é portador de prótese dentária ou aparelho ortodôntico, siga as instruções de escovagem dentária e/ou conselhos de higiene fornecidos pelo seu Médico Dentista.

Recomenda-se fazer a primeira visita ao Médico Dentista até ao primeiro ano de idade, segundo a Academia Europeia e Americana de Odontopediatria.

Estas visitas permitem observar o estado de saúde oral da criança e servem para informar os pais sobre atitudes preventivas e detectar hábitos nocivos (utilização inadequada do biberão, chupeta, dedo).

Os cuidados de saúde oral infantil devem iniciar-se com conselhos pré-natais, através de uma educação preventiva. Após erupcionar o primeiro dente decíduo, este deve ser Iimpo com uma gaze humedecida com água, prevenindo cáries e doenças periodontais, sob supervisão do Médico Dentista.

Os dentes decíduos ou “de leite” são importantes para o desenvolvimento normal das crianças, nomeadamente, na estética, mastigação, manutenção do espaço para os dentes definitivos, fonética, crescimento crânio-facial, respiração e deglutição. Os últimos dentes a serem substituídos permanecem em boca até aos 11-12 anos, devendo realizar as suas funções até então.

Os primeiros dentes decíduos erupcionam entre os 6-8 meses de idade e até aos 2,5-3 anos, normalmente. Ao todo são 20 dentes e devem permanecer em boca até aos 11-12 anos. A sua erupção pode causar: aumento da salivação, ansiedade, perda de apetite, febre ou dificuldade em dormir, entre outros. 0 Médico Dentista pode ajudar a aliviar a situação.

Os dentes decíduos podem ser cariados, taI como os definitivos. A cárie é uma infecção que afecta a saúde em geral e afecta a formação dos dentes definitivos.

A mudança de dentição ocorre em duas fases: entre os 5-8 anos e entre os 10-12 anos, normalmente. Por volta dos 5-6 anos surge o 1° molar permanente, erupcionando atrás do 2° molar decíduo (“de leite”). A sua presença pode passar despercebida pois para erupcionar não necessita da queda de nenhum dente decíduo.

Ao todo são 32 dentes e devem permanecer em boca desde a sua erupção e durante toda a vida adulta.

Um traumatismo dentário implica uma ida imediata ao Médico Dentista para minimizar complicações futuras, como ocorre com a formação de dentes definitivos (por alteração da cor, forma e direcção de erupção, etc).

Um traumatismo de dentes definitivos implica: colocação do fragmento do dente em soro fisiológico, saliva ou leite e consultar urgentemente o Médico Dentista.

A avulsão (remoção/saída) de um dente definitivo implica: conservar o dente em soro fisiológico, saliva ou leite, segurando pela coroa e não pela raiz, sem raspar o dente. Pode inseri-Io cuidadosamente na sua posição inicial e dirigir-se de imediato a um Médico Dentista (cada minuto é essencial).

Os equipamentos actuais de diagnóstico permitem a máxima segurança e qualidade. As radiografias permitem o Médico Dentista avaliar, entre outros, o desenvolvimento dentário e maxilar, detectar cáries, doenças perirradiculares, abcessos, alterações na forma e/ou desenvolvimento dentário, dentes supranumerários, quistos e tumores. Permitem igualmente, efectuar consultas de controlo.

Os branqueamentos dentários têm assumido um papel de relevância e popularidade crescente. Existem hoje diversos materiais e técnicas de branqueamento que, desde que selecionados e usados correctamente, permitem resultados eficazes de forma segura.

Embora existam disponíveis no mercado (supermercados, farmácias, TV-Shops, etc) produtos de venda livre publicitados como branqueadores, nenhum paciente deve optar pelo seu uso, pois constituem opções pouco seguras.

No que se refere às técnicas de branqueamento executadas ou acompanhadas por profissionais podemos distingui-las, de uma forma geral, com base nas concentrações dos produtos químicos usados e na forma como são aplicados. A concentração dos produtos activos presentes nos materiais de branqueamento pode variar num intervalo muito amplo (cerca de 10 vezes), tal como a forma como são aplicados.

Em princípio, qualquer pessoa com um bom estado de saúde oral pode efectuar um branqueamento dentário. Pacientes com problemas dentários (nomeadamente lesões de cárie, hipersensibilidade ou desgastes) e gengivais podem necessitar de tratamentos prévios. Relativamente à idade, mesmo os jovens e adolescentes podem efectuar branqueamentos, embora as características anatomo-fisiológicas dos dentes nesta faixa etária exijam cuidados especiais. Pessoas que possuam restaurações e próteses na boca devem ser alertadas para a necessidade eventual de substituição das mesmas no final do tratamento, de forma a harmonizar a cor, na medida em que os produtos de branqueamento não actuam na cor dos materiais que as compõem.

A primeira consulta deve ser realizada quando os primeiros dentes temporários (ou «de |eite») erupcionam ou, no máximo, até à criança completar o primeiro ano de vida, de modo a estabelecer um programa preventivo de saúde oral e interceptar hábitos que possam ser prejudiciais.

Em média, a erupção da primeira dentição tem início entre os 6 e os 8 meses de idade, sendo as meninas geralmente mais precoces; entre os 2 anos e meio e os 3 anos de idade os 20 dentes temporários já estarão presentes na cavidade oral. A dentição permanente ou definitiva inicia-se entre os 5 e os 7 anos e poderá constituir-se de 32 dentes, caso erupcionem os terceiros molares (sisos), o que nem sempre ocorre.

Os hábitos de sucção não nutritiva (chupeta, por ex.) devem ser abandonados até cerca dos 3 anos de idade, atendendo à possibilidade de auto-correcção de desarmonias no desenvolvimento das arcadas dentárias.

Várias medidas são importantes na prevenção de lesões de cárie na primeira infância: promover a amamentação materna pelo menos até aos 4-6 meses de idade, colocar apenas leite ou água no biberão e oferecer à criança sobretudo durante o dia e nunca quando esteja a dormir; não colocar líquidos açucarados no biberão nem na chupeta; logo que os primeiros dentes erupcionem, promover a sua higiene com uma gaze, dedeira ou escova macia, idealmente após as refeições.

A gravidez enfraquece os dentes e por isso há maior risco para a doença cárie?

Não. Durante a gestação pode haver agravamento das condições da má saúde oral, mas por si só a gravidez não aumenta a incidência de cárie dentária.

Durante a gravidez os dentes enfraquecem porque há perda de cálcio para o bebé?

Não. O cálcio está presente nos dentes da mãe, de forma estável e cristalina, não sendo disponível para a circulação sistémica. A gravidez não propicia aumento de incidência de cárie dentária.

A gengiva sangra mais na gravidez?

Sim. Devido a alterações hormonais a gengiva pode doer e sangrar facilmente, a situação agrava-se se não existirem cuidados adequados de higiene oral.

Em caso de dor de dentes que medicação pode ser feita?

Nunca se automedique. A grávida deve consultar um Médico Dentista para que lhe seja prescrita medicação ou efectuados os tratamentos dentários adequados que solucionem a situação dolorosa.

O que são os implantes dentários?

São”raízes artificiais”, utilizadas para substituir os dentes ausentes ou perdidos com o objectivo de suportar uma coroa e/ou prótese.

São sempre a melhor solução quando falta um dente?

Os implantes devem ser entendidos como mais uma alternativa de tratamento para substituir dentes perdidos. Juntamente com os implantes existem outras opções, tais como as próteses removíveis e as próteses fixas.Contudo, constituem geralmente a opção terapêutica que permite uma reabilitação oral que mais se aproxima da dentição natural em termos fisiológicos e de conforto.

Os tratamentos com implantes provocam dor?

Os procedimentos cirúrgicos associados ao tratamento com implantes estão perfeitamente protocolados e a maioria das situações não implica qualquer tipo de incómodo e/ou dor. É um procedimento realizado, na maioria das vezes, mediante anestesia local, tal como a maioria dos outros tratamentos dentários. No pós-operatório poderá haver um ligeiro incómodo, uma pequena inflamação e edema da área onde se realizou a cirurgia. Em casos muito excepcionais, estes sintomas poderão ser mais acentuados. O seu Médico Dentista poderá nas situações poderá nas situações que julgue necessárias receitar-Ihe medicação para aliviar os incómodos.

Quais são os benefícios do tratamento ortodôntico?

  • Melhoria estética da face e do sorriso, com o consequente aumento da auto-estima e facilidade de inserção social.
  • Correcto alinhamento dos dentes, tornando possível uma melhor higiene dentária e diminuição do risco de cáries e problemas nas gengivas.
  • Boa função mastigatória, muscular e da articulação dos maxilares com benefícios em termos de saúde e bem-estar geral.

Quais são as principais causas dos problemas ortodônticos?

As causas dos problemas ortodônticos podem ser hereditárias (familiares, p. ex. queixo ou dentes salientes do pai ou da mãe), ambientais (hábitos de chupar o dedo, respiração pela boca, perda precoce de dentes de leite) ou uma combinação das duas.

Os aparelhos fixos requerem cuidados especiais de higiene oral?

Os aparelhos fixos promovem a retenção de placa bacteriana, durante o tratamento. Por este motivo, os dentes deverão ser escovados depois de todas as refeições (incluindo lanches), utilizando uma pasta fluoretada e uma escova ortodôntica.

Quanto tempo demora o tratamento?

Em média 24 meses, podendo no entanto variar em função do tipo de deformação existente e da dificuldade do tratamento.

O que são doenças periodontais?
São doenças que afectam os tecidos que envolvem e suportam os dentes – periodonto – que incluem, para além da gengiva, o osso alveolar e outras estruturas responsáveis por manter os dentes firmemente implantados nos maxilares.

As doenças periodontais dividem-se em dois grandes grupos: as gengivites e as periodontites. Nas gengivites há uma inflamação superficial da gengiva, sendo facilmente tratadas, com recuperação total dos tecidos. Nas periodontites há uma destruição das estruturas mais profundas, com reabsorção do osso, e se não tratadas, podem levar à perda do dente.

Qual a causa das doenças periodontais?
A causa mais frequente das doenças periodontais são bactérias. Na boca existem mais de 300 tipos diferentes e muitas delas são potencialmente lesivas para a gengiva. As bactérias que vivem na boca acumulam-se na superfície dos dentes e no sulco gengival, constituindo a placa bacteriana. Quando as bactérias crescem em número ultrapassando um certo nível, produzem as doenças periodontais.

A doença periodontal tem cura?
O tratamento das doenças periodontais consegue suster o avanço da doença, mas não consegue, na maioria dos casos, curar no sentido de repor os tecidos perdidos.